O Decreto nº 7.053 de 23 de dezembro de 2009 define a população em situação de rua como grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.
A rua não é ausência de cidadania — é prova de que ela falhou.
Acreditamos que ninguém escolhe viver na calçada. Ninguém pede para ser invisível. O que muitos chamam de “abandono” ou “vadiagem” é, na maioria das vezes, o resultado de despejos forçados, vínculos rompidos, políticas públicas mal aplicadas e um ciclo persistente de exclusão.
O que autoridades rotulam como “remoção” ou “requalificação urbana” é, muitas vezes, a tentativa de apagar os sinais visíveis da desigualdade. Mas onde o poder público tenta limpar, o Solidaritas quer iluminar.
Existimos para interromper o ciclo de desinformação, medo e indiferença. Acreditamos em um jornalismo que escuta antes de julgar, que informa para transformar e que dá visibilidade a quem foi sistematicamente empurrado para fora da cidade, da política e da linguagem.
Não somos caridade. Não somos assistencialismo. Somos ponte.
Entre a cidade que se diz justa e a cidade que expulsa.
Entre quem ignora e quem finalmente enxerga.
Trabalhamos para construir um novo imaginário sobre quem vive nas ruas. Damos rosto ao estigma, corpo à política e voz à exclusão. A rua fala — e o Solidaritas está aqui para que ela seja ouvida com respeito, contexto e coragem.
Informação é moradia simbólica. Palavra é abrigo. Escuta é política pública.
Solidaritas: informação que desarma o preconceito.