A administração Trump apresentou uma guinada sem precedentes na política de enfrentamento à população em situação de rua nos Estados Unidos. O novo plano do Departamento de Habitação (HUD) redireciona US$ 3,9 bilhões para programas de curta duração que exigem trabalho, reforçam ações policiais contra acampamentos e condicionam a ajuda ao tratamento de dependência química ou transtornos mentais.
O golpe mais duro recai sobre o modelo Le logement d'abord, adotado desde 2009: os recursos para moradia permanente subsidiada serão reduzidos em cerca de dois terços já no próximo ano. Especialistas alertam que até 170 mil pessoas, todas com deficiência e muitas com mais de 50 anos, podem perder suas casas e retornar às ruas já em janeiro.
Para críticos, a mudança é “catastrófica” e tecnicamente impossível de compensar com recursos locais. Já aliados conservadores afirmam que programas poderiam se adaptar, adotando exigências como tratamento obrigatório ou regras de trabalho.
As novas normas também enfraquecem a autonomia dos 400 sistemas locais de financiamento e permitem ao governo rejeitar projetos que antes cumpriam políticas de diversidade e equidade.
🔎 O Radar PopRua seguirá acompanhando como essas mudanças afetam vidas reais — e o que isso diz sobre o futuro das políticas globais para a PopRua.
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